SUA EXCELÊNCIA JORGE CARLOS FONSECA, PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE CABO VERDE;
SUA EXCELÊNCIA MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL;
EXCELÊNCIAS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA CPLP;
EXCELENTÍSSIMA SENHORA DRA. MARIA DO CARMO SILVEIRA, SECRETÁRIA EXECUTIVA DA CPLP;
SENHORES MEMBROS DAS DELEGAÇÕES PRESIDENCIAIS;
ILUSTRES CONVIDADOS;
MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES;
Terminou esta décima segunda cimeira da
CPLP, após vários dias de trabalho intenso, realizado ao nível técnico e
do Conselho de Ministros da nossa organização, durante os quais foram
preparados os documentos apreciados e aprovados por nós, Chefes de
Estado e de Governo membros da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa.
Devo referir a grande qualidade destes
documentos, nos quais estão plasmados os objectivos, os anseios e as
grandes metas a atingirmos nos próximos dois anos em que a República de
Cabo Verde, com o seu saber, experiência e labor, garantirá a realização
de tais propósitos.
É evidente que as tarefas a serem
realizadas pela CPLP não se esgotarão no mandato de Cabo Verde e do
Senhor Presidente Jorge Carlos de Almeida Fonseca, mas acreditamos que
se reforçará nesse período, o peculiar dinamismo da nossa organização,
que apesar das suas características muito próprias, tem revelado uma
grande capacidade para pôr em prática e realizar acções que de algum
modo levarão os nossos países a aprofundar a cooperação e o intercâmbio a
todos os níveis, capaz de favorecer a consolidação das bases sobre as
quais assentam a edificação do progresso e desenvolvimento de cada um
dos nossos Estados.
A Declaração de Santa Maria é bem o
reflexo deste sentimento de dinamismo a que fiz referência, não só por
causa do balanço positivo que faz sobre o trabalho realizado até aqui,
mas também pela perspectiva realista que define para o futuro da CPLP.
Constato com grande satisfação, que ao
nível da nossa organização se trabalha com entusiasmo, porquanto está
claro na Declaração de Santa Maria, que o nosso programa foi concebido
na base de uma visão realista do nosso potencial, das nossas capacidades
e do querer dos nossos Povos.
Tenho consciência da complexidade de
alguns temas consagrados na declaração e devo dizer que há um em
particular, que é o da mobilidade dos cidadãos, sobre o qual nos devemos
debruçar com atenção e até com alguma urgência, para que a CPLP seja de
facto uma organização em que não só a língua e a cultura sejam factores
de aproximação, como fundamentalmente a circulação dos cidadãos entre
os Estados membros.
Os nossos cidadãos devem perceber que
vale a pena fazer parte da comunidade, não só pelos actos de cooperação
que aqui e ali vamos realizando, com maior ou menor intensidade, mas
principalmente pelas vantagens directas e até pessoais que poderão obter
do facto de estarem inseridos numa comunidade como a nossa.
Ouvimos várias alocuções feitas nessa
Cimeira, que nos amimam e encorajam a manter os esforços que temos vindo
a envidar para que a CPLP seja um espaço consolidado de democracia, de
diálogo, de paz, de respeito pelos Direitos Humanos e de cooperação
entre todos, para promovermos conjuntamente esses valores pelos quais
pugnamos em todos os pontos do planeta onde for possível prestarmos a
nossa ajuda para a consecução desses objectivos.
Quero terminar enaltecendo a República
de Cabo Verde, o Povo de Cabo Verde, os técnicos e todo o pessoal que
colocou os seus esforços na organização desta Cimeira, que foi sem
dúvida um êxito.
Desejo igualmente a Sua Excelência
Senhor Jorge Carlos de Almeida Fonseca, Presidente da República de Cabo
Verde, os maiores sucessos no desempenho das funções que assume a partir
de hoje como Presidente em exercício da CPLP, para os próximos dois
anos.
Muito obrigado pela vossa atenção.
fonte: JA
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